As crianças às vezes quando estão a chorar “prendem” do choro. Ou seja, são episódios de crise de choro durante os quais a criança deixa de respirar (pausa respiratória ou apneia) durante alguns segundos. Pode ocorrer a alterações da cor da criança (ficam pálidos ou roxos) e do tónus muscular (o corpo mole) e inclusivamente podem provocar perda de consciência e, menos frequente e em casos muito extremos, convulsões.
São episódios involuntários e auto-limitados que se iniciam em resposta a um factor provocado por um susto, dor, frustração ou medo.
Até que idade pode acontecer os espasmos?
Habitualmente o primeiro episódio surge entre os 6 e 18 meses de idade, sendo mais frequentem crianças entre os 2 e os 3 anos. Normalmente desaparecem até ao inicio da idade escolar.
É prejudicial?
Não, os espasmos do choro são episódios benignos, sem complicações associadas (nomeadamente cerebrais ou do desenvolvimento). Normalmente tendem a desaparecer forma espontânea até à idade escolar, não sendo necessário qualquer tipo de medicação para o seu tratamento ou prevenção.
O que fazer quando a criança/bebé tem espasmos de choro?
Após o episódio não deve ser dada demasiada atenção à criança, evitando reforçar este tipo de comportamentos. Não se deve deixar de repreender e educar com medo do espasmo do choro.
O que fazer para evitar?
Os espasmos de choro, de um modo geral, ocorrem em crianças que respondem de uma forma exagerada a estímulos negativos. Ainda que involuntários, estes episódios podem ser de uma forma de manipulação da criança. Se a sua benignidade não for reconhecida e compreendida por parte dos pais, pode desencadear perturbações do comportamento a longo prazo.
O que fazer para evitar?
É importante haver consistência e uniformidade de ação para não reforçar este tipo de comportamentos: todos os cuidadores (pai, mãe, avós) devem aplicar as mesmas regras e agir de forma semelhante perante birras e comportamentos de contrariedade, sem ceder aos mesmos. Devem manter-se calmos e ser modelo de atuação para crianças. Os pais devem estar alerta para o reconhecimento precoce deste tipo de comportamento de oposição, repreendendo a criança, procurando acalmá-la, evitando que entre em stress desenvolva este tipo de episódios.
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