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Saber identificar e gerir as emoções é uma tarefa fundamental para o nosso bem-estar. Algumas técnicas de autoajuda, não sendo porções mágicas, podem contribuir bastante para o nosso bem-estar connosco próprios, com os outros e com o mundo em geral.
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Da mesma forma que temos caixas de primeiros socorros medicinais, podemos e devemos fazer o mesmo para a nossa saúde mental. É a partir desta premissa que a psicóloga Maria Palha escreve o seu livro: Uma caixa de primeiros socorros das emoções.
A autora acredita que o mal-estar e a desarmonia vêm da forma como cada um de nós processa e vive as emoções. É a forma como nos regulamos emocionalmente que influencia o bem-estar ou mal-estar na relação connosco próprios, com os outros e com o mundo em geral. Ter conhecimento de como as nossas emoções nos influenciam, de como tendemos a funcionar em determinadas situações e o que podemos fazer para regular o mau estar, conseguiremos sem dúvida sentirmo-nos melhor.
As emoções funcionam como um guia interior e, se não estivermos alinhados com a nossa essência, facilmente desenvolvemos sensações de ansiedade, medo, vergonha, culpa ou frustração.
Infelizmente a sociedade ocidental negligência a educação emocional e muitos de nós temos dificuldade em identificar e compreender as emoções, desconhecendo, na maioria das vezes, as ferramentas adequadas para lidar com elas.
Ao longo do livro a psicóloga partilha técnicas e ferramentas para criar um kit SOS das emoções: como as identificar, compreender e gerir.
4 dicas para criar a sua caixa SOS das emoções
1 – Monitorize as emoções no momento em que acontecem, sem delays: aprender a usar o corpo como uma bússola interna para controlar “como me sinto” e “o que sinto”. Reconhecendo o que sente, você consegue ser mais honesto consigo mesmo, com o “Eu”, passando a agir, em vez de reagir, na sua relação com os outros- “Eu e os Outros” – ganhando paralelamente o controlo na sua interação com o mundo – “Eu e o Mundo”.
Reconhecendo e respeitando os meus limites e o dos que me rodeiam, aprendendo a não reagir, mas a agir honestamente face aos meus valores. – Melhores relações sociais.
2 – Regular quando me sinto mal: aprender a identificar emoções difíceis no momento certo (na minha vida – “Eu”- como a tristeza, a mágoa ou a solidão) distinguindo-as de fontes de mal-estar (como a ruminação ou “não cuidar de mim”), não só na sua vida, como na sua relação com os outros (como é o caso da zanga, da agressividade, da inveja ou da vergonha) e na sua interação com o mundo.Cada uma destas emoções traz uma mensagem que importa aprender a descodificar, tal como a aplicar “band-aids” emocionais – técnicas de autoajuda – no momento adequado.
Identificar com clareza o que é tóxico, as minhas fontes de mal-estar, as minhas emoções difíceis, adotar estratégias para regular o mal-estar, comigo (“Eu”, na interação com os outros (“Eu e os Outros”) e com o mundo (“Eu e o Mundo”).
3 – Reconhecer os sinais de alerta: aprender a identificar os sinais de alerta (na sua vida, o “Eu” – como é o caso do “modo piloto automático” ou a duração e a intensidade das suas emoções), na sua relação com os outros (“ Eu e os Outros” – como o isolamento, a irritabilidade ou a instabilidade emocional) e na sua interação com o mundo (“Eu e o Mundo”- como a desesperança, a desmotivação ou o cansaço). Conseguindo, consequentemente, definirem que momento deve pedir ajuda especializada ou acionar os recursos que já tem.
Identificar quais são os meus sinais SOS, quando estou a precisar de ajuda, de apoio, e que tipo de apoio preciso.
4 – Promover emoções prazerosas e fontes de bem-estar: começa por reconhecer e incluir mais fontes de bem-estar no dia-a-dia (como hobbies ou a importância da comunidade). Aprender a descodificar e a identificar emoções prazerosas em geral (como o contentamento, a serenidade ou a alegria) ginasticando-as na interação com os outros (através da generosidade, do amor, da compaixão ou da empatia) e na relação com o mundo, através da criatividade, da resiliência, do sonho ou da celebração.
Potenciar as emoções prazerosas e celebrar as minhas fontes de bem-estar. Reconhecer e implementar fontes de bem-estar. Reconhecer e implementar fontes de bem-estar numa base diária, potencia emoções prazerosas na minha rotina, criando uma conta-poupança de emoções confortáveis ativável em momentos de crise.
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